Você já deve ter visto circular na internet a foto de uma mãe
segurando um bebê com uma mamadeira nas mãos. Simples e comum, se não
fosse o bebê aparecer com sobrancelhas feitas na foto. O fato deixa
muitos impressionados.
A presidente
Dilma Rousseff desmentiu boatos de que estaria internada depois de
tentar suicídio. O boato foi espalhado por mensagens via WhatsApp. As
mensagens indicavam que a presidente estaria internada após fazer uso de
medicamentos com o objetivo de se matar.
Datafolha: Aécio Neves venceria Lula se eleição presidencial ocorresse hoje
"Eu só vim falar com vocês hoje porque disseram,
há pouco, que correu um boato de que eu estava internada. Vocês acham
que eu estava?", questionou Dilma, exibindo a silhueta mais magra diante
dos jornalistas, após a cerimônia de lançamento do Plano Safra para a
agricultura familiar, que destinará R$ 28,9 bilhões em crédito para
pequenos agricultores. Logo depois, Dilma mandou um beijinho e saiu sem
dar entrevista.
Dia 20: Empreiteiros da Lava Jato chamavam Lula de "brahma"
Antes
da cerimônia, Dilma se dedicou a andar de bicicleta pelas ruas próximas
ao Palácio da Alvorada, rotina que ela tem mantido, apesar do frio de
Brasília. A presidente tem adotado os passeios diários de bicicleta para
manter o corpo mais magro após a dieta que a fez perder 15 quilos, após
a posse.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na última quinta-feira
(18.jun.2015) um relato sombrio e muito duro sobre a atual situação
política do governo de Dilma Rousseff.
Num dos trechos de sua fala, reconheceu que a atual presidente mentiu durante a campanha eleitoral de 2014:
“Tem
uma frase da companheira Dilma que é sagrada: ‘Eu não mexo no direito
dos trabalhadores nem que a vaca tussa’. E mexeu. Tem outra frase,
Gilberto [Carvalho], que é marcante, que é a frase que diz o seguinte:
‘Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano’. E fez. E os tucanos
sabiamente colocaram Dilma falando isso [no programa de TV do partido] e
dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito
preocupado”.
O
encontro de anteontem (18.jun.2015) foi com padres e dirigentes de entidades religiosas no auditório do Instituto Lula, segundo detalhadíssimo relato das repórteres
Tatiana Farah e Julianna Granjeia, do “O Globo''. Ao descrever a conjuntura atual, o ex-presidente fez um desabafo:
“Dilma
está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no
volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT
ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos”.
A
expressão “volume morto” se refere à crise de abastecimento de água no
Estado de São Paulo. Para manter o fornecimento, o governo paulista
recorreu a uma reserva das represas conhecido como “volume morto”.
Como o encontro foi antes da
prisões de sexta-feira (19.jun.2015) de empreiteiros por causa da Operação Lava Jato, Lula não fez menções a esse assunto.
Na
conversa com religiosos, Lula deu um exemplo de como a situação está
delicada para o governo federal e para o PT. Mencionou uma pesquisa
interna do partido:
“Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André
e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa
para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo”.
Segundo Lula,
ele teria dito a Dilma que o resultado da pesquisa não deveria
desanimá-la. “Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a
gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu e você, quem tem mais
capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem
recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar,
inaugurar”.
Lula falou por cerca de 50 minutos, segundo o relato
de “O Globo''. Reclamou que o PT e o governo estão fazendo pouca
política num momento de dificuldades econômicas para o país.
“Na
falta de dinheiro, tem de entrar a política. Nesses últimos 5 anos,
fizemos muito menos atividade política com o povo do que fizemos no
outro período”.
O ex-presidente citou algumas vezes o ex-ministro
Gilberto Carvalho, interlocutor frequente do PT com movimentos
religiosos. Carvalho, presente ao evento de anteontem, participou do
primeiro mandato de Dilma Rousseff, mas viu seu papel dentro da
administração federal ser desidratado. No momento, está fora do governo.
“Gilberto
sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e
falar. Porque na hora que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa.
Política é isso, o olhar no olho, o passar a mão na cabeça, o beijo”.
Lula
falou mal do ambiente dentro do Palácio do Planalto: “Aquele gabinete
[presidencial] é uma desgraça. Não entra ninguém para dar notícia boa.
Os caras só entram para pedir alguma coisa. E como a maioria que vai lá é
gente grã-fina… Só entrou hanseniano porque eu tava [sic] no governo,
só entrou catador de papel porque eu tava [sic] no governo”.
Para o ex-presidente, Dilma precisa “ir para a rua, viajar por esse país, botar o pé na estrada”.
Sobrou
também uma reprovação para os ministros petistas: “Os ministros têm de
falar. Parece um governo de mudos. Os ministros que viajam são os que
não são do PT. [Gilberto] Kassab [Cidades] já visitou 23 Estados”.
Kassab, ex-prefeito de São Paulo, é presidente nacional do PSD.
Para
o titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, uma observação direta:
“Pelo amor de Deus, Aloizio, você é um tremendo orador. É certo que é
pouco simpático”.
“Falar é uma arma sagrada. Estamos há 6 meses
discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em vez de falar de
ajuste… Depois de ajuste vem o quê?”. Para o ex-presidente, é necessário
“fazer as pessoas acreditarem que o que vem pela frente é muito bom”.